Como forma de oposição à presença portuguesa no Afeganistão, o Bloco de Esquerda de Vila Real “instalou-se”, no passado dia 15, junto à Capela Nova (Rua dos Combatentes da Grande Guerra), erguendo um muro de cartão, ornamentado com alguns “recados” e mensagens dirigidas à NATO (Aliança Atlântica).
Esta “invasão” ao território afegão não é bem vista por Bela Castro,
militante do Bloco, que critica as “falsas intenções” de países que
“não pretendem proteger este território mas aproveitar-se das
contrapartidas resultantes desta ocupação”. “A luta contra o terrorismo
não deveria assentar numa política de invasão mas de defesa e protecção.
Não faz sentido que, em época de crise, o governo invista quantidades
desnecessárias de dinheiro a alimentar uma campanha militar inútil. O
conceito de defesa bélica, para o BE, tem como prioridade a
desmilitarização e a protecção civil”, refere.
Para além do muro simbólico, que permitia às pessoas que passavam deixar
algumas mensagens, também foram recolhidas assinaturas para a retirada
das tropas portuguesa em território afegão. Esta petição será enviada à
“Plataforma Anti-Guerra, Anti-Nato” (PAGAN), uma aliança internacional
contra esta organização, para depois, a 10 de Maio, ser entregue na
Assembleia da República, juntamente com outras recolhas já realizadas.
A presença portuguesa no Afeganistão, que decorre desde 2001, ascende às
duas centenas e meia e não é a única naquele território. Ao todo, cerca
de 64 mil militares, de 42 países, estão em missão nesta região
problemática do médio oriente.
Fonte: Notícias de Vila Real
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