Terça-feira, dia 13, às 21h30 em frente à Câmara Municipal

José Sócrates, Passos Coelho e Cavaco Silva estão de acordo: todos querem aumentar impostos e cortar no apoio aos desempregados e aos mais pobres. Uma solução à medida dos interessados de quem nos mergulhou na crise.

No último ano a banca beneficiou de milhares de milhões de euros em ajudas públicas para conseguir dinheiro a juros baixos nos mercados internacionais. Mas em vez de colocar esse dinheiro ao serviço da economia preferiu especular contra as dívidas públicas portuguesas e grega, obrigando-nos a pagar-lhes juros bem acima dos restantes países.

As medidas do PEC colocam a austeridade nos ombros de quem trabalha e de quem já perdeu o emprego. Os primeiros pagam mais impostos e vêem reduzido o salário, enquanto os segundos vão perder os apoios sociais, apesar de muitas vezes terem anos de descontos. Numa altura em que o desemprego bate recordes, metade dos desempregados já não recebe qualquer apoio.

O bloco central do PS e PSD protege este assalto aos trabalhadores. Pelo contrário, o Bloco de Esquerda defende que é altura de pedir sacrifícios a quem nunca os fez: especuladores, banqueiros, administradores com bónus e salários milionários, e todos os que fogem ao fisco escondendo as suas fortunas em off-shores.