«O Observatório
contabilizou 39 vítimas de homicídio, temos ainda 37 vítimas de
tentativa de homicídio. As idades destas mulheres são mais velhas do que
no ano passado, estando no grupo dos 36 e os 50 anos no caso dos
homicídios, e de 50 ou mais anos em relação às tentativas. No que se
refere aos distritos temos um número muito grande em Setúbal e Lisboa,
sendo os meses de Verão os com maior incidência destes crimes», revelou.
Maria
José Magalhães lembrou ainda a proximidade entre as vítimas e os
agressores, que são muitas vezes familiares e amigos, e cujo padrão
demonstra muito ódio e raiva que pode ser fatal para a vítima.
«Há
neste [tipo de] homicídio um crime de ódio contra o feminino, uma raiva
e crueldade que mostram que é preciso tratar o crime de violência
doméstica como um crime muito grave, porque de forma muito rápida [os
agressores] passam de uma violência mais ligeira para um violência
fatal», alertou a presidente da UMAR.
Os dados do Observatório das Mulheres Assassinadas vão ser apresentados esta segunda-feira no Porto.
Fonte: TSF