Um pouco por todo o país 2500 enfermeiros estiveram presentes em manifestação nos "Espaços de Indignação". As palavras de ordem gritadas bem alto faziam ouvir "Queremos uma carreira para a enfermagem inteira"; "Trabalho sim, precariedade não"; "Queremos remuneração adequada à formação". As cidades que tiveram maior concentração foram Coimbra, Porto e Vila Real. Segundo os dados do SEP, 400 enfermeiros de Vila Real juntaram-se no passado dia 3 de Abril em frente ao Governo Civil para mostrarem a sua indignação contra o Ministério da Saúde, considerando ser um verdadeiro insulto a nova proposta da carreira da enfermagem apresentada aos sindicatos.
As reivindicações dos enfermeiros passam pela necessidade de empregar
mais enfermeiros, por uma remuneração justa e adequada e o pagamento
das horas extraordinárias, estão contra a precariedade escalante e
exigem a valorização do trabalho que prestam.
Em relação à proposta da carreira da enfermagem, os enfermeiros estão
contra pois mantém a existência de 2 categorias - enfermeiro e
enfermeiro principal.
A existência de categoria de enfermeiro principal só veio limitar a possibilidade de todos os enfermeiros atingirem o topo da carreira, uma vez que esta segunda categoria só é alcançada por alguns, estando ainda os enfermeiros especialistas condicionados a abertura de vagas e concursos.
No que respeita à categoria de enfermeiro estes não têm possibilidade de
atingir o o topo da carreira como os restantes licenciados da carreira técnica superior. Ainda nesta categoria as regras de progressão remuneratória são as mesmas de Regime
Geral, sendo necessário que estes enfermeiros trabalhem 50
anos para conseguirem atingir o topo da categoria.
Os enfermeiros consideram também que é intolerável que não tenham a
devida valorização económica inerente à aquisição da licenciatura,
sendo que já há 11 anos a esta parte estão a ser formados enfermeiros
licenciados continuando a ser remunerados como bacharéis.
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