Chegamos ao fim da corrida. Do nosso lado, coerência, propostas, muito suor e lágrimas. Do lado dos outros, muitos sorrisos falsos, promessas irrealistas e brindes à custa dos contribuintes.

Não é demagogia: não se pode propor criar emprego, fazer mais obras de betão e corridas sem falar nos fundos comunitários que aí vem. Este novo quadro comunitário é exclusivamente reservado à Inovação, Tecnologia e Emprego. Assim, as nossas propostas de criação de emprego são baseadas nestes fundos comunitários que virão e não em anglicismos como clusters e start-ups, nem no seu mau uso para fazer mais mamarrachos.

Propomos criar um gabinete de Emergência Social que vá a fundo na resolução dos problemas sociais no concelho bem como o acompanhamento psicológico e a ajuda na procura de oportunidades de emprego.

Fomos os únicos que defendemos a Regionalização (como Região de Trás-Os-Montes e Alto Douro) como factor de coesão e estratégia territorial, a Linha do Corgo, importante para ligar as povoações mais isoladas, a expansão do Parque Corgo dado ser o espaço verde citadino privilegiado e a revisão de um Plano Director Municipal (PDM) que foi feito a três pancadas e que previu incorretamente a expansão habitacional de Vila Real.

Defendemos a reabilitação urbana excluindo os clientelismos aos amigos, ao contrário daqueles que defendem grupos de empresários já fabricados e sedentos de afincar os dentes no bolo imobiliário do município.

Propomos fazer Orçamentos Participativos, para que a gente de Vila Real possa ela própria decidir que projetos devem ser implementados.

Queremos auditar toda a dívida da EMAR como forma de apurar quem gerou a dívida colossal de 7 milhões de euros desta empresa municipal, quando a empresa já cobra uma das tarifas de água mais caras do país. Quanto ao preço em si, iremos lutar pela harmonização do preço a nível nacional. Não como uma imposição mas como um apelo à Solidariedade.

O Vale do Corgo, o nosso cartão de visita, não será mais delapidado com urbanizações que irão ficar vazias nas suas encostas, ou com parques de estacionamento nas escarpas.

Os mamarrachos serão deitados abaixo. O Hotel do Parque e o Centro Transfronteiriços não podem continuar a contaminar a cidade. O Terminal de Transportes terá de ser concluído urgentemente.

A burocracia na Câmara, que a tanta cunha deu lugar, será terminada. Iremos implementar planos de gestão sustentável e simplificar as estruturas existentes, formando os funcionários camarários e impedindo  a entrada de lobbies.

As freguesias não urbanas serão acompanhadas devidamente e não relembradas só em época de eleições.

A cultura e o desporto terão Contratos-Programa de modo a não haver associações que recebem mais apoio financeiro que outras e dinamizaremos o Concelho com um Festival de Artes Performativas Internacional e promovendo o Barro Negro de Bisalhães e os Linhos de Agarez.

Proponho ainda eu, rever o funcionamento do Canil e Gatil Municipal, promovendo campanhas de adoção de animais ao invés do seu abate, em conjunto com associações não municipais, bem como iremos propor um Banco Municipal de Ração Animal, destinado a ter ração quer para gado pastorício, em termos de reserva para situações de pastos queimados e secas, bem como para animais domésticos, dado que muita gente abandona estes amigos devido à falta de dinheiro para os manter e tal já se nota na cidade, constituindo um perigo para a saúde pública.

Proponho mais e especialmente rever o espaço e horário de funcionamento da Assembleia Municipal, de modo a manter este orgão autónomo da Câmara Municipal e a permitir a participação dos munícipes. Os boletins municipais não serão utilizados como instrumento de propaganda partidária mas como de informação ao munícipe.

O Bloco foi ainda o partido que mais lutou pela limitação dos mandatos. No entanto a lei, mal feita, caiu por terra, e os dinossauros mantiveram-se a babar no poleiro.

Muitas outras propostas temos, muitas podem ainda vir. Para tal esperamos receber ideias de toda a gente que queira acabar com a Crise do Concelho.

Continuar com as falsas promessas de pavilhões, relvados sintéticos, piscinas olímpicas e corridas que nos levaram a este marasmo, não só em Vila Real mas no país inteiro, é viver fora da realidade e permitir que os dinossauros continuem agarrados ao poder.

E não esqueçamos que o Governo PSD/CDS bem como os dirigentes do PS, assinaram o memorando de entendimento com a Troika, o que levou ao aprofundar de uma crise já existente. Assim todos estes partidos estão em julgamento e não digam que isto não afeta as autarquias: afeta quando cortam nos orçamentos municipais e quando as autarquias se veem obrigadas a recorrer ao Programa de Assistência Económica Local (PAEL), um programa que advém do memorando da Troika. Está na hora de os castigar: deixando de confiar neles de vez. Ficar em casa é deixar estes partidos impunes pelos seus crimes.

Muito sítio percorremos, a alguns a nossa capacidade humana impediu-nos de ir. No entanto não os esquecemos. 

Finalmente, agradeço as muitas mensagens de apoio, os muitos contactos, a adesão de independentes às nossas listas e campanha e obviamente a todo o esforço de informar as pessoas das nossas propostas por parte da nossa gente.

Não faço prognósticos antes das eleições mas espero que consigamos mudar esta situação e considero que para tal apenas o voto no Bloco de Esquerda é útil. Não te abstenhas, não votes em branco/nulo, não votes nos que sempre ganharam e sempre te deixaram a perder: pensa diferente e acima de tudo não te deixes que te calem.

Domingo, queremos é uma Vila Real Moderna e Solidária.


Carlos Santos, Candidato à Assembleia Municipal de Vila Real