Em sessões públicas pelo país, o Bloco debate as razões do fracasso de
Copenhaga e os caminhos do activismo que marcou a cimeira do lado de
fora. Em Vila Real a sessão pública contará com a presença da eurodeputada Marisa Matias e com Irina Castro (participante na contra-Cimeira de Copenhaga) será dia 21 de Fevereiro, domingo, às 17h no auditório do Parque Natural do Alvão (atrás da Câmara Municipal).
O Bloco de Esquerda realiza nas próximas semanas várias sessões públicas com o título "Porque falhou Copenhaga? Depois da cimeira, lutas pela justiça climática".
Estes debates contarão com Rita Calvário, deputada do Bloco, Marisa
Matias, eurodeputada do Bloco, e ainda activistas que participaram na
contra-cimeira em Copenhaga. Estas sessões terão início no dia 13 de
Fevereiro no Barreiro, seguido pelo Funchal, Braga, Bragança, Castelo
Branco, Portalegre, Vila Real, Estremoz, Coimbra e Aveiro (ver datas e
locais na agenda do esquerda.net)
Hoje é evidente que a Cimeira de Copenhaga falhou no seu objectivo de
conseguir um acordo entre os países industrializados para combater as
alterações climáticas. Da cimeira apenas saiu um acordo que não impôs
qualquer medida vinculativa, apresentado pelos EUA e apoiado por outros
25 países. Passados 17 anos do início das negociações climáticas, o
ambiente é de regresso estaca zero.
Em Copenhaga o movimento global pela justiça climática ganhou força,
criou raízes, consolidou-se e apresentou alternativas reais às
políticas ineficazes defendidas pelos países ricos: abandono do uso de
combustíveis fósseis, reconhecimento e pagamento da dívida ecológica,
promoção da participação das comunidades afectadas e rejeição da
criação de novos mercados especulativos.
No Fórum pelo Clima juntaram-se milhares de activistas e cerca de 400
movimentos de todo o mundo, que subscreveram a declaração “Mudemos o
sistema, não o clima”. Várias manifestações encheram as ruas. O
alterglobalismo nascido em Seattle atingiu, dez anos depois, a sua
maturidade.
As perspectivas do movimento concentram-se agora em Abril, quando se
realiza uma contra-cimeira na Bolívia para demonstrar a força e as
alternativas da resistência popular às soluções das potências
industrializadas para as alterações climáticas a apresentar na cimeira
de Dezembro no México.
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