Cordão humano pelo regresso do comboio da Linha do Corgo
02-Abr-2011
Neste sábado, um cordão humano em volta da estação de Vila Real reivindicou o regresso do comboio da Linha do Corgo, que foi encerrada há dois anos por razões de segurança. A acção foi convocada pelo Movimento Cívico pela Linha do Corgo.

“Não se justifica que uma obra de 23 milhões de euros demore dois anos a concretizar-se quando outros investimentos da REFER, que custam 70 milhões de euros para três quilómetros, andam para a frente”, disse Daniel Conde, do Movimento Cívico pela Linha do Corgo (MCLC).

Segundo a agência Lusa, no cordão humano, convocado pelo MCLC, participaram antigos passageiros, que agora são obrigados a viajar em transporte alternativo. Estiveram também presentes militantes do Bloco de Esquerda e do Partido Ecologista Os Verdes (PEV), que apoiaram a acção.

O deputado Heitor de Sousa do Bloco de Esquerda, que esteve presente no cordão humano, defendeu o regresso do meio de transporte “mais ecológico e ambientalmente sustentável” e criticou as “decisões erradas” do Governo PS que estão a pôr em causa o transporte ferroviário.

A Linha do Corgo foi inaugurada há 105 anos. O caminho-de-ferro chegou a ligar o Peso da Régua, Vila Real e Chaves a partir de 1921, mas, em 1990, foi suspenso o troço de ligação ao Alto Tâmega. A linha que ligava a Régua e Vila Real foi encerrada há dois anos por razões de segurança, deveria ter sido objecto de obras no valor de 23,4 milhões de euros e reabrir até ao final de 2010. Mas continua fechada.

Daniel Conde do movimento defende a reabertura da linha até Chaves: “Esta é uma região com uma enorme potencialidade. É a maior região termal do país, está próxima de Espanha e Chaves possui a única plataforma logística do país que não tem caminho-de-ferro. Não faz sentido nenhum a linha do Corgo continuar no marasmo em que está”.