Boom & Bang é o mais recente espectáculo da Visões Úteis, onde com bastante humor, é explicado os antecedentes da crise financeira que se vive hoje na Europa e em Portugal.
Usaram o nosso dinheiro para salvar os bancos e os seus lucros; mas dizem que não pode haver aumentos de salários nem empregos seguros e estáveis. Querem a precariedade, os baixos salários e o desemprego como modelo do seu sistema.
Invadem países por petróleo e controlo económico. Gastam milhões na guerra como braço armado da economia e subjugam vidas ao desígnio do lucro. Querem a privatização dos serviços públicos, dificultando e tornando mais caro o acesso à saúde e à educação. Dificultam o acesso à reforma e ao subsidio de desemprego e dizem-nos que temos de pagar a crise provocada pelos especuladores.
O capitalismo não é o único modelo possível: é o sistema que mais interessa a quem vive da exploração dos outros e dos negócios da guerra.
Por uma maior justiça é preciso fazer crescer toda a luta anticapitalista.
A Cooperativa de Chaves tem alguns dos seus bens arrestados por ordem do Tribunal de Trabalho de Vila Real. A providência cautelar que deu origem à penhora foi interposta por nove trabalhadores que rescindiram contrato por falta de pagamento de salários. A direcção da Cooperativa não se quis pronunciar sobre o arresto, alegando ainda não ter sido notificada, mas revelou que os ex-trabalhadores têm em curso um processo disciplinar.
Os nove trabalhadores da Organização de Produtores Pecuários da Cooperativa de Chaves, uma secção destinada à sanidade animal, rescindiram, há cerca de dois meses, o contrato com a instuição, “por justa causa”. Alegam falta de pagamento de salários. “Entre cinco a seis meses (incluídos subsídios de férias e Natal)”, garantiu, em nome dos restantes, um trabalhador, que preferiu não ser identificado. O processo está em curso no Tribunal de Trabalho Vila Real. E, para já, os trabalhadores venceram uma batalha: viram deferida uma providência cautelar para arresto de alguns bens da instituição.
O jornal Sol cruzou os dados do desemprego publicados pelo Instituto
Nacional de Estatística com os dados do Instituto de Emprego e Formação
Profissional sobre os inscritos nos Centros de Emprego. A conclusão é
que já há 35 concelhos onde a taxa de desemprego ultrapassa os 15% e
quatro destes passam mesmo os 20% de desempregados: Mesão Frio, Baião,
Espinho e Castelo de Paiva.
De acordo com esta projecção, quase metade dos concelhos de Portugal
continental - 125 dos 278 concelhos analisados - apresenta uma taxa de
desemprego entre 10% e 15%. No que respeita aos distritos, para além do
Porto (14%), seguem-se Vila Real (13,9%), Bragança (13,3%), Faro
(12,9%), Portalegre (12,7%) e Braga (12,4%).
Os resultados não são animadores. A EMAR VR, Empresa Municipal de Vila Real, é a 9ª do país com piores resultados económicos e a 27ª no que toca ao endividamento líquido (5 milhões e 768 mil euros). A empresa VRS – Vila Real Social, Habitação e Transportes, coloca-se na posição seguinte com um endividamento de 5 milhões e 560 mil euros.
Vila Real aumentou em mais de cinco milhões de euros o seu passivo exigível em relação a 2007, sendo o 22º município, dos 308 existentes, com piores resultados nesta matéria. Os dados divulgados recentemente constam no “Anuário Financeiro do Municípios Portugueses/2008”, elaborado pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas.
Relativamente aos dados económicos dos municípios portugueses, Vila Real apresenta um total de custos autárquicos na ordem dos 22 milhões de euros, um total de proveitos de 23 milhões e um passivo exigível de 19 milhões e 930 mil euros.
O Anuário Financeiro do Municípios Portugueses referente a 2008 revela que as despesas dos municípios portugueses ultrapassam em 30% a capacidade de pagamento. No ranking dos municípios com maior índice de endividamento em 2008 encontra-se a capital, Lisboa, seguida de Vila Nova de Gaia, Aveiro, Porto e Gondomar.
O deputado Pedro Soares intervém sobre a Declaração Política do
PSD relativa à Agricultura. O deputado bloquista refere-se, na sua
intervenção, à agricultura de exportação e à pequena agricultura, à
questão da Casa do Douro e defendeu a simplificação do Proder. Soares
afirmou ainda que a estratégia do Governo para a agricultura é errada,
referindo-se ainda à rejeição da proposta do Bloco de Esquerda que
previa a criação de uma linha de crédito para a agricultura.
Ontem a Assembleia Municipal de Vila Real esteve reunida em sessão ordinária. O deputado do Bloco de Esquerda, Filipe Rolão, | pediu esclarecimentos sobre a pretensão da Câmara em vender as habitações sociais do Bairro da Araucária e apresentou uma moção em defesa do serviço público de correios, contra a privatização dos CTT. Esta moção tem vindo a ser apresentada pelos deputados municipais do Bloco em muitas outras Assembleias Municipais e de Freguesia, como por exemplo, na AM de Viseu e na AM de Bragança onde foi aprovada.
Na AM de Vila Real foi rejeitada, só merecendo o apoio do BE, CDU e um
deputado do PS, muita discussão se gerou em torno desta iniciativa do
Bloco. Pedro Passos Coelho reforçou a sua simpatia pelas privatizações, afirmando que “o Estado, por uma questão de higiene deve retirar-se da
área dos negócios”, e afirmou ainda que
“as empresas públicas que geram prejuízo devem ser privatizadas”,
no entanto o Bloco salienta que os CTT renderam ao Estado cerca de
46,5 milhões de euros. Passos Coelho acrescentou, também, que não é a favor da privatização da
REFER mas sim da CP, por exemplo. Um outro deputado do PSD chegou mesmo a propor que
a moção fosse retirada pretendendo que a mesma não fosse sequer a
votos, Filipe Rolão exigiu que fosse votada. Por parte do PS foi dito que
as medidas do PEC, que incluem as privatizações dos CTT e da CP são
“incontornáveis” e acrescentaram ainda que “ninguém de bom senso pode
subscrever esta moção”.
O deputado do Bloco mostrou preocupação pelo facto de se
verificar que tudo o que dá lucro ao Estado tem sido alienado. Salientou ainda que esta moção foi escolhida, pois a
privatização dos CTT traduzir-se-á inevitavelmente pelo fecho de
estações de correios. Como refere a moção, isto traria graves danos à
população já que, por exemplo, a larga maioria da população idosa recebe
as suas magras reformas pelo correio e usa os CTT como o seu único
banco. Filipe Rolão deu ainda o exemplo de alguns países onde recuaram
na privatização dos serviços de correios por esta não ter sido benéfica para as populações.