"Ontem as linhas de ferro, Hoje os serviços públicos, Amanhã és tu a fechar!"
A Comissão Coordenadora Distrital do Bloco de Esquerda de Vila Real, vem através da seguinte nota de imprensa solicitar a informação de toda a população dos Municípios abrangidos pela extinta linha do Corgo, Vila Real, Santa Marta de Penaguião e Peso da Régua, dos seguintes pontos, que são corroborados com a divulgação do vídeo que efectuámos no dia 19 de Janeiro de 2012, na Estação do Caminho de Ferro de Vila Real, que esperamos que seja divulgado.
O
orçamento do Município vilarealense encontra-se profundamente
dependente da participação em 4 empresas municipais a 100%e 1
fundação (a 75%) além de 2 associações recentes (Douro Alliance
e Douro Regia Park). Como se tal não fosse suficiente, propôe-se
ainda criar uma nova Agência (a AEPLUS). Tal situação, que serviu
para distribuir benesses partidárias pelas respetivas direções,
torna as Grandes Opções do Plano (GOPs) e Orçamento completamente
reféns dos pesados encargos inerentes. Não se vê qualquer
adaptação destes instrumentos no contexto de crise atual,
designadamente as que resultam nos cortes do OE para a Autarquia e na
restrição de acesso ao crédito bancário. Não se assiste ainda a
uma verdadeira descentralização de competências para freguesias,
ao contrário do que é propalado. Na verdade estas receberão um
pouco mais de 1 milhão de euros: parece muito, mas representa apenas
quase 50 vezes menos da despesa do município…
Veio recentemente na comunicação social a notícia de que a CP teria
tentado vender junto de museus ferroviários europeus o comboio histórico
de via estreita estacionado na Régua.
Quem impediu a venda em nome da defesa do património português? A
Federação Europeia de Caminhos-de-Ferro Turísticos através de um apelo
que lançou aos vários museus para não comprarem o comboio de via
estreita estacionado na Régua.
De acordo com a mesma notícia, a Federação considerou escandaloso
que a empresa portuguesa pusesse à venda a composição em causa, não só
por constituir um património raro, logo a preservar, como está em óptimo
estado. Aliás, devido ao facto de o comboio se encontrar operacional
estava já destinado à Linha do Vouga.
Diz ainda a notícia que foi também a Federação que comunicou ao
Museu Nacional Ferroviário Português a tentativa de venda por parte da
CP desta composição. Situação absolutamente insólita e que só permite
deduzir a clara intenção de colocar este património nacional fora do
país.
Esta situação está toda ela envolta em factos no mínimo estranhos.
Ao que parece a iniciativa é da CP Frota, que gere o material
circulante, tendo a unidade enviado um email a várias entidades
estrangeiras solicitando que estes propusessem o preço correspondente.
Da parte da CP, e de acordo com o presidente da Fundação do Museu
Nacional Ferroviário, a empresa terá afirmado que perante esta situação
iria então dar prioridade ao museu português na compra da composição em
causa. Ora, o museu alega que já tinha pedido à administração da CP a
cedência da mesma, pois inclusivamente o museu tinha em curso até ao
encerramento da Linha do Vouga um projecto de requalificação do complexo
ferroviário daquela estação para ali albergar o comboio histórico e
poder vir a dar-lhe utilização turística.
O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda lamenta que as opções
estratégicas da CP excluam o panorama nacional e que a preservação do
património ferroviário português não seja umas das suas principais
vocações.
Para
os Chineses a crise escreve-se com dois ideogramas, o perigo e a
oportunidade. Mas no mundo ocidental os sábios da economia ligam
mais à oportunidade. Já vi muito economista a dar conselhos quanto
à sustentabilidade das finanças públicas e salvar o BPP; como
Teixeira dos Santos; a sugerir mais sangue (austeridade) na economia
como Medina Carreira; a marcar pontos com os novos métodos e
organização do trabalho como Bagão Félix; a graduar os relatórios
e as más notícias, como 1% de crescimento até 2050, como o rei
mago Vítor Gaspar; Passos Coelho disse também que esta crise vai
passar se empobrecermos. Se emigrarmos todos também passa, mas
nenhum país do mundo quer 10 milhões de refugiados.
José Soeiro, Sociólogo pela FLUP, dirigente da Mesa Nacional do BE,
deputado durante a anterior legislatura, membro do grupo de jovens do
Bloco, e curinga do Teatro Fórum, vai ser o próximo convidado do Fórum
Jovem.
Sendo um programa no qual os problemas dos jovens marcam
presença, José Soeiro não irá faltar ao debate, e para além de
diagnosticar os problemas atuais que marcam os jovens, apontará saídas e
alternativas.