O deputado Pedro Soares intervém sobre a Declaração Política do
PSD relativa à Agricultura. O deputado bloquista refere-se, na sua
intervenção, à agricultura de exportação e à pequena agricultura, à
questão da Casa do Douro e defendeu a simplificação do Proder. Soares
afirmou ainda que a estratégia do Governo para a agricultura é errada,
referindo-se ainda à rejeição da proposta do Bloco de Esquerda que
previa a criação de uma linha de crédito para a agricultura.
Ontem a Assembleia Municipal de Vila Real esteve reunida em sessão ordinária. O deputado do Bloco de Esquerda, Filipe Rolão, | pediu esclarecimentos sobre a pretensão da Câmara em vender as habitações sociais do Bairro da Araucária e apresentou uma moção em defesa do serviço público de correios, contra a privatização dos CTT. Esta moção tem vindo a ser apresentada pelos deputados municipais do Bloco em muitas outras Assembleias Municipais e de Freguesia, como por exemplo, na AM de Viseu e na AM de Bragança onde foi aprovada.
Na AM de Vila Real foi rejeitada, só merecendo o apoio do BE, CDU e um
deputado do PS, muita discussão se gerou em torno desta iniciativa do
Bloco. Pedro Passos Coelho reforçou a sua simpatia pelas privatizações, afirmando que “o Estado, por uma questão de higiene deve retirar-se da
área dos negócios”, e afirmou ainda que
“as empresas públicas que geram prejuízo devem ser privatizadas”,
no entanto o Bloco salienta que os CTT renderam ao Estado cerca de
46,5 milhões de euros. Passos Coelho acrescentou, também, que não é a favor da privatização da
REFER mas sim da CP, por exemplo. Um outro deputado do PSD chegou mesmo a propor que
a moção fosse retirada pretendendo que a mesma não fosse sequer a
votos, Filipe Rolão exigiu que fosse votada. Por parte do PS foi dito que
as medidas do PEC, que incluem as privatizações dos CTT e da CP são
“incontornáveis” e acrescentaram ainda que “ninguém de bom senso pode
subscrever esta moção”.
O deputado do Bloco mostrou preocupação pelo facto de se
verificar que tudo o que dá lucro ao Estado tem sido alienado. Salientou ainda que esta moção foi escolhida, pois a
privatização dos CTT traduzir-se-á inevitavelmente pelo fecho de
estações de correios. Como refere a moção, isto traria graves danos à
população já que, por exemplo, a larga maioria da população idosa recebe
as suas magras reformas pelo correio e usa os CTT como o seu único
banco. Filipe Rolão deu ainda o exemplo de alguns países onde recuaram
na privatização dos serviços de correios por esta não ter sido benéfica para as populações.
A deputada do Bloco de
Esquerda, Rita Calvário acaba de requerer a presença do Ministro da
Agricultura na respectiva Comissão Parlamentar, para prestar
esclarecimentos sobre a difícil situação da Casa do Douro.
O requerimento surge logo
após a visita que os deputados da Comissão Parlamentar de
Agricultura Desenvolvimento Rural e Pescas, presidida por Pedro
Soares, deputado do Bloco, realizaram, segunda e terça-feira às regiões de Lafões e
do Douro, durante a qual tiveram oportunidade de reunir com centenas
de agricultores e técnicos, e de comprovar o sentimento de grande
descontentamento e desânimo que se vive no sector.
Como forma de oposição à presença portuguesa no Afeganistão, o Bloco de Esquerda de Vila Real “instalou-se”, no passado dia 15, junto à Capela Nova (Rua dos Combatentes da Grande Guerra), erguendo um muro de cartão, ornamentado com alguns “recados” e mensagens dirigidas à NATO (Aliança Atlântica).
Esta “invasão” ao território afegão não é bem vista por Bela Castro,
militante do Bloco, que critica as “falsas intenções” de países que
“não pretendem proteger este território mas aproveitar-se das
contrapartidas resultantes desta ocupação”. “A luta contra o terrorismo
não deveria assentar numa política de invasão mas de defesa e protecção.
Não faz sentido que, em época de crise, o governo invista quantidades
desnecessárias de dinheiro a alimentar uma campanha militar inútil. O
conceito de defesa bélica, para o BE, tem como prioridade a
desmilitarização e a protecção civil”, refere.
Os ambientalistas deram parecer negativo à construção das barragens de
Gouvães, Padroselos, Alto Tâmega e Daivões. "Os benefícios são escassos
face aos aspectos negativos" dos projectos, diz a Quercus.
O período de discussão pública sobre a construção destas barragens
terminou no dia 14 de Abril e os ambientalistas da Quercus não deixaram
de elaborar o seu parecer. "Os prejuízos são demasiado avultados para os
escassos benefícios decorrentes da construção destas quatro barragens,
pelo que estas perdem sentido perante as alternativas viáveis que
existem neste momento", diz o comunicado da associação.
Em dez anos, o
Norte perdeu terreno face à UE. Centro manteve posição. Resto do país
cresceu.
No espaço de uma década, o Norte perdeu o comboio da
União Europeia e ficou mais pobre. Foi a única região a chegar a 2007
pior do que estava dez anos antes, isto ainda antes de a crise económica
ter atingido em cheio as regiões mais exportadoras, como esta.
Em 1997, a riqueza produzida por
cada habitante da Região Norte correspondia a 63,6% da média da UE.
Nessa altura, entre os Quinze países (deixando de fora os da Europa de
Leste que aderiram à comunidade muito depois de Portugal), só os Açores e
a Extremadura espanhola eram mais pobres do que o Norte.
Dez
anos depois, a região não tinha recuperado face aos parceiros
comunitários, ou seja, não tinha diminuído a distância face à riqueza
produzida no resto da Europa. Pelo contrário, estava comparativamente
mais pobre, já que o Produto Interno Bruto tinha caído para 60,3% da
média comunitária.