Já não são só os idosos, os desempregado ou indigentes que pedem
alimentos ou procuram as cantinas das instituições sociais. Também há
pais de família e jovens com emprego.
Apesar de ainda não se fazerem sentir os efeitos do Orçamento de
Estado que começou a ser debatido no Parlamento esta terça-feira, o
aumento da pobreza e o número de famílias necessitadas de apoio
elementar, como o auxílio alimentar, não pára de crescer. Segundo o Jornal de Notícias,
o Banco Alimentar Contra a Fome já presta apoio a mais 40 mil pessoas e
mais 750 instituições do que no ano passado. No total, cerca de 300 mil
recebem auxílio alimentar daquela instituição.
Também os utilizadores da cantinas das Misericórdias Portuguesas
praticamente triplicaram – aumentaram entre 200 e 250%. Crescem também
pedidos de ajuda de pessoas empregadas que procuram cabazes
alimentares. De facto, as instituições têm sido surpreendidas pelo
perfil de
quem pede ajuda: já não são apenas os idosos, os desempregado ou
indigentes. "As pessoas que nos pedem ajuda são cada vez mais pais de
família, são cada vez mais jovens, são cada vez mais pessoas
empregadas", disse ao JN
Manuel Lemos, presidente da União da Misericórdias Portuguesas. "O
emprego já não é garantia suficiente para retirar uma pessoa duma
situação de pobreza", lamenta.
Também procuram auxílio desempregados que perderam o direito ao
subsídio de desemprego e que, com as novas medidas, deixaram até de ter
o suporte do RSI. Recorde-se que, segundo o INE, 1,9 milhões de pessoas vivam numa situação de risco de pobreza em 2009.
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