Manuel Alegre interveio neste domingo no encerramento do IX
Congresso da Corrente Sindical Socialista da CGTP, afirmando que “a
greve geral vai ser um momento de grande significado sindical, político
e democrático".
"A minha posição é muito clara, eu sempre defendi o direito à greve
e considero muito importante esta greve geral, não apenas como
manifestação da liberdade de expressão e do direito de protesto, mas
como alerta à sociedade e como um factor capaz de criar uma dinâmica
nova, social, que abra o caminho à mudança e que abra o caminho à
procura de novas soluções e de alternativas sociais", declarou o
candidato presidencial, depois de ter afirmado que teve "sempre uma
posição muito clara" perante o direito à greve e de ter considerado
"curioso que ninguém" tenha confrontado Cavaco Silva com a próxima
greve geral.
Manuel Alegre criticou também a política de austeridade, afirmando:
"Estão-nos a impor as mesmas receitas que provocaram a crise e,
portanto essas receitas vão continuar a agravar a crise, as
desigualdades, a pobreza, o desemprego".
O candidato presidencial manifestou-se ainda preocupado com o
futuro da juventude e considerou que a batalha de um presidente da
República é procurar "mudar as condições concretas de vida, para que os
jovens possam viver com confiança no nosso país e ter um lugar no
futuro".
"A mim custa-me muito, porque tenho filhos e netos, ver a
dificuldade com que se debatem hoje os nossos jovens, não só para
arranjarem o primeiro emprego, mas a precariedade que é a vida deles, a
falta de confiança no futuro, deles próprios e do país, essa é uma
coisa que me dói muito e que me angustia muito", disse Manuel Alegre,
que considerou que "hoje a juventude está mais fragmentada" que a da
sua geração e frisou: “não podemos permitir que eles não tenham um
lugar ao sol no nosso país".
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