Coordenador do Bloco de Esquerda defende que fazer greve é a melhor
forma de os portugueses se defenderem do aumento dos impostos ou da
redução dos salários.
“Eu acho que vai ser a maior greve geral das últimas décadas, porque
junta os sindicatos, porque junta muita força, muita determinação”,
disse Francisco Louçã, na noite desta quarta-feira, em Leiria.
Considerando que “esta greve é feita em nome de todos”, o deputado do
Bloco apontou o exemplo da Autoeuropa, que “conseguiu um aumento de
salários, conseguiu a proibição dos despedimentos”, mas os seus
trabalhadores fazem greve com toda a gente: “Porque essa greve é a
melhor forma de nos defendermos contra os futuros aumentos dos impostos,
contra a redução dos salários, contra esta pressão que vem da União
Europeia para facilitar os despedimentos”, disse.
Para Louçã, “se a democracia falar na greve geral do dia 24 – é tão
importante que fale –, então o país começa a mudar e começa a mudar com a
força das pessoas que sabem que as soluções para a democracia são
aquelas que podem trazer emprego, combate à pobreza, diminuição da
precariedade, protecção do Serviço Nacional de Saúde e da educação”.
E acrescentou: “Nós queremos ter um país de que tenhamos orgulho,
porque responde pelas prioridades às pessoas que precisam”, defendendo o
envolvimento de todos os trabalhadores no protesto, desde os precários
aos temporários, dos contratados a prazo aos desempregados, mas também
dos reformados ou dos estudantes. “Quem trabalha em Portugal é a
maioria”, sustentou, considerando que “a maioria é que tem que falar
agora em nome de alternativas”.
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