Ainda sem fazer um balanço exaustivo, os dirigentes das duas centrais
sindicais afirmam que esta já é a maior greve geral da história do país.
Para Carvalho da Silva, a greve tem um grande impacto no sector público
e privado, com uma grande transversalidade na adesão nos vários
sectores e nas diferentes camadas profissionais e sociais. Ele destacou a
grande adesão na justiça e na educação.
João Proença sublinha que esta é maior greve de sempre. Regista a forte
mobilização no sector público, o sector mais afectado pelas medidas
previstas no Orçamento de Estado, mas também a forte adesão no sector
privado.
Todos os voos cancelados
A greve paralisou totalmente o tráfego aéreo. Todos os voos dos
aeroportos portugueses em Lisboa, Porto, Faro e Açores foram cancelados.
Há cidades inteiras sem aulas, assegura o secretário-geral da Fenprof,
Mário Nogueira. A adesão dos professores à greve geral é a maior de
sempre numa paralisação não sectorial, segundo o dirigente sindical.
Quanto ao sector ferroviário, obalanço feito pelo Sindicato Nacional
dos Trabalhadores do Sector aponta para uma adesão superior a 90%. Os
dados referem-se a empresas como a CP, Refer, EMEF e Metro do Porto,
entre outras.
Transportes urbanos
Em Lisboa, os poucos comboios da CP que circulam devido aos serviços
mínimos chegam quase vazios, o que confirma que a adesão à greve geral
não é só provocada pela paralisação quase total dos transportes
públicos.
Em Coimbra, os transportes estão totalmente paralisados. Apesar disso,
há menos trânsito na cidade do que é habitual, o que mostra a grande
adesão à greve.
No Porto, só funciona a linha amarela do Metro, com comboios de meia em meia hora e os STCP funcionam precariamente.
Também a recolha de lixo em território nacional deixou de ser feita
desde a meia-noite, em praticamente todo o país, segundo o Sindicato
Nacional dos Trabalhadores da Administração Local.
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