 Neste sábado, um cordão humano em volta da estação de Vila Real
reivindicou o regresso do comboio da Linha do Corgo, que foi encerrada
há dois anos por razões de segurança. A acção foi convocada pelo
Movimento Cívico pela Linha do Corgo.
“Não se justifica que uma obra de 23 milhões de euros demore dois anos a
concretizar-se quando outros investimentos da REFER, que custam 70
milhões de euros para três quilómetros, andam para a frente”, disse
Daniel Conde, do Movimento Cívico pela Linha do Corgo ( MCLC).
Segundo a agência Lusa, no cordão humano, convocado pelo MCLC,
participaram antigos passageiros, que agora são obrigados a viajar em
transporte alternativo. Estiveram também presentes militantes do Bloco
de Esquerda e do Partido Ecologista Os Verdes (PEV), que apoiaram a
acção.
O deputado Heitor de Sousa do Bloco de Esquerda, que esteve presente no
cordão humano, defendeu o regresso do meio de transporte “mais
ecológico e ambientalmente sustentável” e criticou as “decisões erradas”
do Governo PS que estão a pôr em causa o transporte ferroviário.
A Linha do Corgo foi inaugurada há 105 anos. O caminho-de-ferro chegou a
ligar o Peso da Régua, Vila Real e Chaves a partir de 1921, mas, em
1990, foi suspenso o troço de ligação ao Alto Tâmega. A linha que ligava
a Régua e Vila Real foi encerrada há dois anos por razões de segurança,
deveria ter sido objecto de obras no valor de 23,4 milhões de euros e
reabrir até ao final de 2010. Mas continua fechada.
Daniel Conde do movimento defende a reabertura da linha até Chaves:
“Esta é uma região com uma enorme potencialidade. É a maior região
termal do país, está próxima de Espanha e Chaves possui a única
plataforma logística do país que não tem caminho-de-ferro. Não faz
sentido nenhum a linha do Corgo continuar no marasmo em que está”.
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