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Precários nos querem, Spartacus seremos. Imprimir e-mail
25-Mai-2011

luis_ribeiro.jpgDizia Hegel que a História repete-se sempre duas vezes, ao que Marx acrescentou: a primeira como tragédia e a segunda como farsa.

Antes do Capitalismo e do sistema anterior, o Feudalismo, existiu um sistema autocrático assente num modo de produção esclavagista: o Império Romano. E esta é a primeira parte da história, a tragédia. Aqui a classe dominante vivia do sobre-produto produzido pelos escravos. Estes, despidos de direitos sociais e consequentemente laborais apenas tinham o “privilégio” de serem alimentados de modo a garantirem o seu mínimo vital fisiológico.

Na segunda parte da história, os nossos dias, vivemos num sistema Capitalista em que a escravatura foi maioritariamente abolida. Hoje as pessoas, a maior parte delas assalariadas, tem direitos sociais e laborais. E esta é a farsa, isto porque esses direitos têm sido passo a passo reduzidos ao nível do nosso mínimo vital fisiológico.

Actualmente, lanistas transformaram-se em empresas de trabalho temporário, em que precários são fornecidos aos desígnios e satisfações do capital. As arenas são trocadas pelo mercado de trabalho no qual devemos ser empreendedores de modo a igualar a glória do gladiador, glória essa por meio do sangue dos nossos adversários. E para certificar que a história está a repetir-se até temos o Paulo Portas a preferir pronunciar Triunvirato em vez de Troika, e até provavelmente na cabeça de 600 mil portugueses e portuguesas se pense: Até tu, Nobre, meu candidato?

Mas voltando ao Império Romano, e em particular a um escravo de seu nome, Spartacus. Este, iniciou uma revolta e sublevou 100 mil ex-escravos que juntos disseram basta. Tal acontecimento, conhecido como a Terceira Guerra Servil, entre a vontade de fugir para a liberdade e o romantismo do exército libertário que lutava pela utupia da abolição da escravatura, desafiou os senhores de Roma e pela primeira vez fez temer a sua condição de classe dominante. É certo que Spartacus e a revolta foram esmagados 2 anos mais tarde, no entanto, os acontecimentos tiveram repercussão na política romana e no futuro da sociedade. Outra coisa não seria de esperar de uma revolta justa e exemplo para a luta de classes.

O passado já teve o seu epílogo, o presente aguarda o seu. E seja qual for o futuro, podem parar o/a revolucionário/a mas nunca a revolução, e por isso: Precários nos querem, Spartacus seremos.

 
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