O Bloco de Esquerda iniciou a recolha de
assinaturas para uma petição pública que pretende reverter a
situação insustentável de quase metade dos 600 mil desempregados
que não têm este apoio social. Disponível em www.esquerda.net/desemprego.
Pode assinar online (e também imprimir a folha para
recolha de assinaturas) aqui,
no portal www.esquerda.net
O Bloco lançou esta quinta-feira uma
petição pública defendendo o alargamento do subsídio de
desemprego no sentido de dar prioridade e trazer à opinião pública
a discussão do tema do desemprego, que classifica como o maior
problema do país, e para a situação, insustentável e sem paralelo
em toda a Europa, de quase metade dos 600 mil desempregados que não
tem acesso ao subsídio de desemprego.
No largo do Chiado em Lisboa, os
deputados do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, José Soeiro,
Pedro Soares e José Gusmão iniciaram a recolha de assinaturas para
esta petição.
Francisco Louçã criticou o Governo
por ter gasto “600 milhões de euros em estudos perdidos para o
aeroporto da Ota” e por este ter “argumentado hoje que não há
muito menos dinheiro do que isso para responder a 300 mil pessoas que
todos os dias do mês vivem no desespero de não ter um cêntimo de
apoio, depois de terem descontado e de terem trabalhado”.
Em declarações aos jornalistas, o
deputado bloquista referiu que “Há 300 mil jovens e mais velhos,
homens e mulheres, que trabalharam, descontaram, que não conseguem
emprego e que não têm hoje qualquer apoio e por isso mesmo é
preciso tomar medidas com prioridade”.
Além disso, também lembrou que a
bancada parlamentar do Bloco agendou para dia 22 de Janeiro, um
debate sobre o desemprego, onde irá propor que o subsídio passe a
ser calculado sobre 70 por cento do salário e que o prazo de
garantia para a sua atribuição passe a ser de seis meses de
trabalho por conta de outrem, num período de doze meses
imediatamente anterior à data do desemprego.
As outras propostas do Bloco visam “uma
majoração de 25 por cento no subsídio de desemprego nos casos em
que no mesmo agregado familiar se verifique uma situação de
desemprego simultâneo” e “períodos de concessão das prestações
de desemprego estabelecidos em função da idade do beneficiário”
que “aumentem em função da idade”.
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