O Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT) alerta para o risco de se tomarem "decisões políticas que obriguem a Europa a ter de suportar, a longo prazo, custos muito superiores às eventuais poupanças obtidas a curto prazo".

No relatório anual do OEDT é apontado ainda o "duplo perigo de as medidas de austeridade causarem cortes na oferta de respostas eficazes numa altura em que a sua necessidade pode estar a aumentar". Numa das suas alíneas, este relatório refere que “É necessário que os governos que estão a ponderar reduzir a despesa no domínio da droga tenham em conta a relação custo-eficácia das medidas existentes".

Esta quarta-feira, João Goulão, presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência, admitiu uma redução de 4% no orçamento deste organismo que coordena as políticas de prevenção, tratamento e redução de danos em Portugal. Os cortes previstos no IDT já se traduziram, inclusive, no anúncio do despedimento de 200 trabalhadores precários que asseguram necessidades permanentes do IDT, que irá pôr em causa o acompanhamento de proximidade de vários toxicodependentes.

Ainda não existe informação mais precisa sobre quais serão os serviços que mais afectados pela redução orçamental.