Portagens só em offshores, na estrada não! |
26-Mai-2011 | |
![]() Hoje à tarde o Bloco de Esquerda desenvolveu uma acção de rua em Vila Real que visava sensibilizar as pessoas perante a iminência da introdução de portagens nas SCUTs pela troika nacional (PS+PSD+CDS). Aos transeuntes era entregue um talão de portagem para poderem atravessar a rua direita, o qual era trocado à saída por um recibo, que nada mais era que um panfleto do BE reflectindo sobre esta questão e que pode ser lido mais em baixo. ![]() Acreditamos que não há pleno desenvolvimento sem plenos acessos. Quando as SCUT passarem a ter portagem real em vez de virtual, o PSD e o CDS vão dizer que alcançaram uma das mais importantes vitórias ideológicas dos últimos anos. Invocar o princípio do utilizador-pagador para acabar com as SCUT é uma forma de corrupção deste princípio jurídico-ambiental. Não faz sentido que o princípio que foi elaborado para a utilização de recursos ambientais, seja invocado para justificar o fim das SCUT. Aceitar a utilização do princípio do utilizador-pagador fora da área ambiental para a qual foi criado, é abrir caminho, do ponto de vista ideológico, para que toda a prestação pública, todos os serviços públicos, da saúde à educação, fiquem sujeitos ao pagamento pelos seus “utilizadores”. Somos contra as portagens da A4 e a sua introdução na A24. Esta é uma medida do Governo que não permite uma alternativa rodoviária para o interior e remete a população do distrito para uma situação de maior isolamento. O pagamento nas SCUT afecta de forma negativa o transporte de mercadorias e as deslocações para o local de trabalho dos e das trabalhadoras deslocadas da sua área de residência. Num distrito como o de Vila Real, onde a média salarial é 33% abaixo da média da região norte, o pagamento do seu principal eixo de comunicação é absolutamente prejudicial para as pessoas.
É preciso
recuperar as vias complementares (dependentes dos municípios) que
apresentam um elevado estado de degradação e têm vindo a ser
progressivamente desprezadas.
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