Centro Hospitalar de Trás os Montes e Alto Douro sem cirurgia vascular - Comunicado BE
02-Dez-2016
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O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda questionou o Ministério da Saúde no passado mês de Setembro, sobre  a falta de prestação de cuidados de cirurgia vascular. no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE. Que integra nada menos do que 4 unidades hospitalares: as unidades hospitalares de Vila Real, Chaves Lamego, e Régua e serve uma população imensa e envelhecida, dado que a sua área de influência estende-se a Tarouca , Chaves e Boticas, ou de Mesão Frio a Mondim de Basto (nada menos do que 18 concelhos!) encontra-se sem prestação de cuidados de cirurgia vascular uma vez que o único médico desta especialidade deixou a unidade de Vila Real. A existência desta especialidade permitia aos utentes da área de influência do CHTMAD poderem ser atendidos mais próximo da sua zona de residência, evitando assim deslocações longas, onerosas e cansativas para o Porto. Agora, o serviço está suspenso e a a numerosa população ficou sem esta resposta médica.

 

O BE perguntou quantos utentes aguardam atendimento de cirurgia vascular no CHTMAD e, quantos são considerados urgentes, o Ministério respondeu ao Grupo Parlamentar, informando a existência de 824 doentes em lista de espera da consulta, 322 doentes na lista de cirurgia dos quais 12 urgentes. Mais de mil utentes a padecerem de problemas sérios!

 A situação é pois alarmante, e o Bloco de Esquerda considera que é urgente encontrarem-se medidas efetivas que permitam dar resposta aos cuidados de saúde de que estas populações necessitam. São demasiado recorrentes as faltas de profissionais, os concursos que abrem e ficam quase desertos, pelo que é necessário encontrar medidas consequentes e efetivas que permitam trilhar o caminho que leve de facto à resolução deste problema. Relembremos que a cirurgia vascular, afinal, é apenas um dos imensos problemas com que se debate este Centro Hospitalar, onde faltam quase todos os especialistas, mais candente na área de anestesiologia, nomeadamente no serviço de urgência, onde a Ordem dos Médicos (CRNOM) e o Sindicato Independente dos Médicos – Norte alertaram esta semana para a necessidade urgente de contratação de nada menos do que 14 anestesistas.

BE/Vila Real

2 de Dezembro de 2016